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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Te soltar e me prender, é isso?

Estou procurando a solução dos meus problemas no yahoo respostas. Não li nenhum "é câncer". Li que se a gente fizer tal coisa, a vida da gente se ajeita, mas tal coisa vai contra minhas regras, porém eu sempre me contradigo e no final, tudo passa e eu nem sinto. Mas eu sinto tanto tentando fazer algo pra não ter um final. 

PW.

sábado, 24 de outubro de 2015

Recife



Fiz tanta coisa que você não perguntou
Que não me admira mais tu não saber como eu sou
Mesmo as distrações sendo caras, meu bem
Ninguém liga de perguntar: o que ela tem?


PW.

quarta-feira, 18 de março de 2015

IF YOU HAVE ALL


Se você o tem
Quando está mal
Você fica bem
Não completamente

O ser humano
Por vezes
É demente
Mas te ajuda
Quando você 
Precisa mesmo
Ficar muda
Seja em bancos
Que simulam o lazer
Ou flores inventadas
De quem procura agradecer
Se é pra pular de um edifício
O convide para te convencer
Que você pode rir um pouco mais
Com loucuras confidenciais
Embora há minúsculas
E coloridas distrações
Até mesmo bonitas aladas
E desconhecidos corações
If you have all
Você tem o que é preciso
Acenda uma vela, apague a luz do quarto
E agradeça a Dionísio.


Priscilla Way.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

De um pedaço de papel que eu achei jogado no chão do quarto (Com certeza foi minha mãe arrancando folha do meu caderno da capricho pra anotar número de telefone)

Não disfaço. Reativa, irritada. Machucando quem me dói, me doendo pelos outros. Quero sentir meu vício no chão frio do banheiro. Colorir o que é branco. Horizontais nas entrelinhas. Um penhasco, duas cordas. Uma pro meu desespero, outra pro meu eu completo. Tá faltando ar, depois faltará o sangue. (parte arrancada). Logo, não mais tormentos.



Escrito em:  14.04. 2013. Eu ACHO que eu estava triste.

PW.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Sob meu controle

 André não foi indelicado ao falar que gostava de observar os mamilos femininos sobressaindo sobre aquelas blusas geladinhas, que eu adoro, por sinal. As inconvenientes desejavam seu amor, tentando prendê-lo com suas vagininhas intactas, mas isso nunca daria certo. Ele me confessou que preferia afastá-las do que ter que namorá-las. Numa sexta-feira depressiva, ele me disse na frente de mais três, que eu era diferente, que eu não era daquele jeito e depois sorriu de canto e pousou seus olhos psicopatas e excitantes em mim. Era isso, eu amava a sua psicopatia. Queria misturar nossas neuroses num sexo sadomasoquista intercalando nosso momento com joguinhos sexuais acompanhados de duas das melhores prostitutas da cidade. Essa parte dos joguinhos ficou só na imaginação, pois nunca conheci uma puta legal nesse inferninho. Tudo o que eu era de verdade acabava se mostrando a cada pequena confissão suicida desse meu ex –futuro-cunhado-com-uma-pequena-e-passageira-pretensão-de-ser-alguém-pra-viver-a-vida-toda. Nós não vamos  viver por muito tempo, eu disse a ele. Meu coração ficou daquele jeito como quando a gente se sente apaixonada por alguém quando ele não demonstrou preocupação, disse apenas que sentia a falta de J.J. Lembro que chorei por J.J quando soube que havia se matado. Chorei por ter uma música dele no meu celular – que eu sempre pulo -  e porque um dia eu me apaixonei por um piercing labial de um garoto que namorou a viúva dele.  André tinha um fetiche pela vizinha mais velha e só assistia pornôs da categoria MILF. Eu pedi para que ele gravasse o acontecido quando conseguisse realizar esse sonho.  Faz tempo que não o encontro mais, mas antes de morrer tenho que dizer a ele que under my thumb é melhor que streets of love para cantar alguém, porque ele sempre me oferecia essa e eu achava que estava querendo o seu amor, mas ele sabia o que eu queria fazer com ele. Misturar nossas neuroses num sexo sadomasoquista foi o melhor antidepressivo de todos. Duas overdoses, por favor.

Priscilla W.


sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

2014

 

 Imagem

Um ano de merda
que me deixou mais lerda
com isso de ter 21 anos
tive altos e baixos insanos
Um ano que levou escritores
Levou também meu cachorro
Um ano que não teve socorro
No dissabor de varias dores
Um ano de choros noturnos
Onde a explosão de desrespeito aconteceu
A sensibilidade foi parar em Saturno
E foi moldado um novo Eu
Um ano em que passei a acreditar muito no inferno
Senti coisas que me levariam para lá
Mas foi Deus que disse pra gente se amar
Ele não pode julgar meus sentimentos eternos
Um ano do tão esperado “tanto faz”
O escudo dos sentimentais
Ainda me comovo com os antigos casais
E me perco nos alheios “aqui jaz”
Um ano que decidi onde eu não quero estar
Sacrifício adiando o desejado
Para não precisar  nunca mais com as pessoas me enojar
Eu deixo pra depois o que por mim é amado.
Um ano em que eu poderia ter enlouquecido
E algumas pessoas ter ferido
Mas uma ficha suja por eles  não vale meu céu azul
Deixei de ser Bentinho pra ser Capitu
Não que em 2015 tudo fiquei perfeito
É da minha vida que to falando
E apesar de ser canceriana
Não quero mais me foder tanto.


Priscilla Way.